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Portadores de doenças crônicas podem receber remédios de planos

Com problemas de artrite e tendinite, a vendedora Janete Lopes, de 54 anos, começou um tratamento à base de cápsulas de ômega 3, que têm efeito anti-inflamatório. Mas não levou adiante. “Era muito caro. Só as cápsulas custavam R$ 300 para dois meses. Parei por conta própria”, diz ela, que tomou os medicamentos por cinco meses. É esse tipo de problema que a resolução 310 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que entrou em vigor na última sexta-feira, quer contornar. A norma incentiva operadoras de saúde a oferecer medicamentos para doenças crônicas.

O objetivo, segundo a gerente-geral de Regulação Assistencial da ANS, Martha Oliveira, é reduzir o subtratamento de doenças como diabete, hipertensão, insuficiência coronariana e asma brônquica. “A continuidade do tratamento de doenças crônicas é determinante para o sucesso. E não basta distribuir o remédio. É preciso fazer o monitoramento do paciente”, afirma. Caberá às operadoras definir como esse acompanhamento será feito.

As empresas poderão cobrar a mais por oferecer o serviço. Elas também receberão outros incentivos da ANS, que ainda serão definidos. A maior parte das operadoras ainda aguarda a publicação das regras pela agência para fazer os cálculos atuariais e definir se vão oferecer o benefício.

A oferta de medicamentos para grupos específicos já é praticada em alguns planos de autogestão (aqueles gerenciados sem fins lucrativos e que têm como beneficiários empregados e aposentados de uma empresa, como a Cassi, dos funcionários do Banco do Brasil).

“Na maior parte das nossas associadas, o medicamento é dado sem custeio adicional. O beneficiário precisa participar de programa de promoção de saúde e gestão de crônicos. Temos estudos e evidências dentro da própria autogestão que apontam que o paciente, quando tem a medicação e a disciplina do cuidado, passa por menos complicações e internações. E, a longo prazo, isso tem um impacto nos custos”, afirma o presidente da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), Denise Eloi.

Por outro lado, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) analisou 60 artigos científicos publicados nos Estados Unidos, onde a oferta de medicamento já é comercializada, e chegou à conclusão de que os planos ficaram mais caros, sem evidências de que houve uma redução da internação.

“Os artigos não demonstraram que a população tem melhor estado de saúde ou menor taxa de internação. Mostra que teve algum efeito para as classes mais baixas e nenhum efeito para as rendas média e alta”, afirma o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), José Cechin. A entidade representa 29 empresas, líderes de mercado.

Críticas. A portaria da ANS recebeu críticas do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) por não contemplar planos antigos, anteriores a 1999, e por não determinar que o reajuste deve ser submetido à ANS. “Os planos individuais têm reajuste previamente aprovado pela ANS. Essa resolução não tem nenhuma cláusula dizendo que o reajuste dos planos individual e familiar serão autorizados pela agência. Ela está desregulando uma parte dos contratos que deveria regular”, diz Claudio Thadeu de Oliveira, gerente técnico do Idec.

Renata Vilhena Silva, advogada especialista em direito à saúde, diz que os consumidores devem ficar atentos à cobrança pelo serviço. “É uma forma de burlar os valores dos reajustes. O que vai valer é a livre negociação.” Ela lembra que alguns remédios já são distribuídos pela rede pública, como os para hipertensão e colesterol.

Portão: Estadão/Saúde

Horário de verão exige cuidados com a saúde

Brasília – O horário de verão começa à meia-noite, quando os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mais o estado do Tocantins, deverão adiantar seus relógios em uma hora .  A mudança é para aproveitar melhor a luminosidade do dia nesta época do ano, reduzindo o consumo de energia nos horários de pico e evitando o uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara e mais poluente do que a gerada pelas hidrelétricas.

Se não houver adaptações para a mudança de horário, algumas pessoas podem apresentar cansaço, fadiga e até mesmo chegar à exaustão, de acordo com o fisiologista Hildeamo Bonifácio. “Nesse quadro de exaustão, a pessoa mostra sinais parecidos com doenças, como irritabilidade, dor de cabeça, diarreia e mudanças de humor”.

Bonifácio recomenda que, na primeira semana de mudança de horário, as pessoas aumentem a ingestão de líquido e façam refeições leves. Também deve ser mantido o horário das refeições, para o cérebro se adaptar o mais rápido possível com a mudança. “Se a pessoa está acostumada a tomar café às 7h, agora vai ter que tomar no mesmo horário, mesmo que ainda não tenha tanta fome”.

A mesma tática deve ser adotada com o sono. Quem está acostumado a dormir às 22h, por exemplo, deve manter o horário, mesmo que ainda não tenha sono. “Se essas orientações não forem seguidas, é como se a pessoa estivesse em uma semana de carnaval: vai dormir tarde, acorda tarde, aí muda todo o relógio biológico”, diz o fisiologista.

Pelas dificuldades de adaptação do organismo, a mudança de horário está longe de ser uma unanimidade entre a população. O eletricista Raimundo Carlos Costa, de 56 anos, critica a medida. “Não gosto do horário de verão, pois me forço a acordar mais cedo. Tenho problema de saúde e o horário afeta toda minha rotina. A adaptação é complicada, quem é mais velho precisa tomar mais cuidados”, diz. Ele também cita o problema da insegurança para quem precisa sair de casa muito cedo para trabalhar quando ainda está escuro.

O estudante Paulo Henrique Ferreira, de 18 anos, também não aprova a medida, apesar de achar que o dia é melhor aproveitado. “Eu não gosto muito do horário de verão, principalmente no primeiro mês. Acordo mais cedo, muitas vezes ainda está escuro”.

Apesar de sentir dificuldades de adaptações nas primeiras semanas, a promotora de eventos Mayana dos Santos, de 20 anos, gosta da mudança, porque acha que o dia rende mais. “Particularmente, não me atrapalha muito”. A aposentada Madalena Jordão, de 65 anos, também acha que os dias parecem maiores com o horário de verão. Ela mora no Nordeste, onde a mudança não é implementada, mas acredita que existe economia de energia com a medida.

A expectativa do governo é que o horário de verão deste ano evite um gasto de R$ 280 milhões com o acionamento de usinas térmicas, que seria necessário para suprir a demanda no horário de pico. Se fosse preciso construir novas termelétricas para garantir essa energia, o país gastaria R$ 3 bilhões, se não houvesse o horário de verão. A redução da demanda de energia no horário de pico neste ano deve ser cerca de 4,5%, e a redução total de consumo deverá ser 0,5%.

De acordo com o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, a mudança de horário proporciona um ganho considerável para a segurança do sistema elétrico brasileiro. “Menor demanda implica maior segurança para o sistema, que não fica tão ‘estressado’. Há também maior flexibilidade operativa para liberar instalações para manutenção e redução da geração de energia térmica para atender a esse consumo”.

Fonte : Agência Brasil

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Macarrão instantâneo e Queijo parmesão são campeões de alto teor de sódio

A população brasileira consome duas vezes mais sal em relação à quantidade recomendada e grande parte vem de alimentos industrializados. Pesquisa divulgada hoje (16) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que os campeões em alto teor de sódio são o queijo parmesão ralado, o macarrão instantâneo, os embutidos (mortadela) e o biscoito de polvilho.

O queijo parmesão ralado lidera o ranking, com teor médio de 1.981 miligramas de sódio por 100 gramas do produto. Nas colocações seguintes, aparecem o macarrão instantâneo e a mortadela. O biscoito de polvilho tem quantidade média de 1.092 miligramas do ingrediente para cada 100 gramas.

O queijo ricota, muito consumido em dietas, também apresentou altas variações de sódio entre as marcas avaliadas. Ao todo, foram analisados 496 produtos de 26 categorias de alimentos.

Os alimentos industrializados representam 20% da dieta alimentar. O brasileiro consome, em média, 11,75 gramas de sal e 4,7 gramas de sódio, quando o recomendado é 5 gramas e 2 gramas, respectivamente. O sódio representa aproximadamente 40% da composição do sal.

“A Anvisa vai dizer que tudo que está além é muito e a indústria, que tudo que está abaixo do limite, é pouco. No meio, estão os consumidores, quem nos interessa”, diz o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.

O governo e representantes da indústria e dos supermercados firmaram acordo, iniciado em 2011, pela diminuição progressiva do sódio nos alimentos. A partir de 2013, produtos com menos sódio já deverão estar disponíveis no mercado. “Existe a mentalidade de que tudo que é bom engorda ou faz mal. Uma mudança de hábito é complicada, mas pode ser feita gradualmente. E é esse o objetivo da Anvisa. O acordo vai ajudar a reduzir aos poucos a quantidade de sal nos produtos”, disse José Agenor Álvares, diretor de Monitoramento e Controle da Anvisa.

De acordo com o nutricionista e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Rafael Claro, a população está mais preocupada com a perda da qualidade de vida do que riscos de sofrer doenças devido ao consumo de sal. O excesso de sódio na alimentação eleva o risco de doenças do coração, obesidade e diabetes, por exemplo. “Antigamente, as pessoas sofriam de hipertensão aos 70 anos. Hoje, há casos aos 25 anos.”

Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), que responde por 70% do setor, informou que não “teve acesso aos resultados do monitoramento do conteúdo de sódio nos alimentos processados no período 2010-2011”.

“No que diz respeito especificamente à redução de sódio, foram estabelecidas pelo Ministério da Saúde e Abia, até o momento, metas de redução para nove categorias de alimentos, que devem resultar na retirada de mais de 20 mil toneladas de sódio dos produtos até 2020,” disse a associação.

Fonte: Agência Brasil

Digestão em tempo real é mostrada por repórter da BBC que ‘engole’ câmera

A digestão em tempo real foi transmitida por uma microcâmera engolida pelo repórter da BBC Michael Mosley.  O equipamento transmitiu imagens de dentro de sistema digestivo de Mosley em tempo real.

A Câmera mostra todo o percurso da comida na digestão

Mosley bebeu quatro litros de laxante em preparação para a experiência, que faz parte de uma mostra no Museu de Ciência de Londres.

O objeto foi colocado dentro de uma cápsula, semelhante a um comprimido normal. Uma vez que a câmera está dentro de seu corpo, o repórter não tem nenhum controle sobre ela.

Mosley conseguiu ver até mesmo restos de seu café da manhã no próprio estômago e disse que achou a experiência “mágica”.  Clique na página para assistir.

Fonte: BBC Brasil

ALIMENTOS FUNCIONAIS

ALIMENTOS COM ALEGAÇÕES DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS OU SIMPLESMENTE: ALIMENTOS FUNCIONAIS

“Aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo e alegação de propriedade de saúde aquela que sugere, afirma ou implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde.” (Resolução no 18, de 30/4/1999)(1)

Portanto “os alimentos chamados funcionais têm, além de nutrientes já conhecidos, substâncias denominadas de Fitoquímicos, que são os principais ativos responsáveis pelas funções que lhe são atribuídas e que levam a uma promoção da saúde e prevenção de doenças.”(2)

“Funcionalidade é aquela propriedade que vai além de sua qualidade de fonte de nutrientes”(1) – isto é – a de, simplesmente o alimento ser fonte de vitaminas, minerais, proteínas e outros nutrientes. O conceito quando inclui propriedade de saúde amplia a nossa responsabilidade pela adequação de uma alimentação saudável, indo além da simples distribuição de calorias da dieta. Direciona as escolhas dos alimentos no sentido de uma maior preocupação com o conteúdo de nutrientes e suas funções específicas correlacionando-os com a promoção da saúde e a prevenção de doenças.

Nutrientes (1)
Ácidos graxos ômega 3, 6 e 9;
Alicina, aliina, sulfeto de dialina;
Bactérias benéficas (probióticos);
Fibras, amido;
Fitoestrógenos, isoflavonas, lignanas;
Flavonóides;
Licopeno;
Vitaminas A,C,E;
Betacaroteno;
Selênio (mineral).

Funções (2,1):
Redução de LDL-colesterol e triglicérides (TG);
Aumento do HDL-colesterol (bom colesterol);
Redução de câncer de mama, pulmão, colo de útero, estômago, cólon, reto e próstata;
Prevenção e controle dos sintomas da menopausa, como por exemplo, diminuição de suores noturnos e ondas de calor;
Prevenção e tratamento da osteoporose;
Antioxidantes;
Proteção contra tumores de pulmão;
Controle de processos inflamatórios;
Intervenção na coagulação do sangue;
Atividades antivirais, antiparasitárias, antibacterianas e antifúngicas;
Ação antiplaquetária, hipotensora e hipoglicemiante.

Referências bibliográficas:
(1)Guia de nutrição : nutrição clínica no adulto/coordenação Lilian Cuppari, – Barueri,SP:Manole,2002;
(2)Entendendo a Importância do Processo Alimentar/Denise Madi Carreiro – 2a Edição – Saõ Paulo,SP,2007.